Recentemente foi noticiado o encontro de um documento que comprovaria um erro histórico sobre o nome do Central Sport Club. O documento seria o primeiro número do Jornal Vanguarda, datado de 8 de maio de 1932 (foto á esquerda - clique para ampliar) que falava acerca da vitória entre o “Central Esporte Clube” por 3x1 contra o “Pina Esporte Clube”. Com base nesse documento e sem maior exame dos fatos, ocorreu uma votação do Conselho Deliberativo para retornar ao “nome original” na sede do Central, só não ocorrendo a mudança pela dificuldade de alteração do registro social do clube junto à receita federal e outros órgãos públicos.
Confesso que vi com estranheza a afirmação do “nome real” da patativa, por uma diversidade de razões tais como a influência inglesa nos nomes dos times centenários, pelo próprio post conter um erro histórico qual seja o nome da dissidência que deu origem ao Sport Caruaruense (e não, “Esporte”, como apontado na matéria) e muito mais por um fato importante como este ter supostamente passado desapercebido de figuras históricas que vivenciaram e tentaram manter a História do Alvinegro, caso do Professor Machadinho e de Souza Pepeu, este último, inclusive, que fez uma busca nas atas originais dos primeiros anos do alvinegro no começo da última década para fins de publicação na Revista Caruaru Hoje.

A dificuldade de encontrar qualquer documento mais antigo que demonstrasse qual o verdadeiro nome do alvinegro patativa era imensa em face de, infelizmente, terem desaparecido da sede do clube, quaisquer registros ou atas do início da fundação do time caruaruense. A boa notícia é que há, sim, um registro histórico anterior em quase cinco anos ao Jornal Vanguarda que comprova que o Central é mesmo Sport Club. Trata-se de um número do Diário Oficial da União datado de 30 de outubro de 1927 em que o clube solicita restituição financeira em face de extravio de bens junto à Estrada de Ferro Central do Brasil
(foto á direita - clique para ampliar), curiosamente, a mesma estrada que deu origem ao nome da equipe. O episódio guarda uma lição: devemos ter muito cuidado com alterações em instituições centenárias para que não se venha a vilipendiar a história do clube.
Por Sérgio Pepeu, em especial para o blog Movimento Coração Alvinegro.
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