terça-feira, 5 de março de 2013

Remo, a promessa que não vingou. Relembre a passagem do ex-jogador pela patativa e confira uma entrevista atual com o ex-atacante.




























Remo durante sua passagem pela patativa. Arquivo: Sérgio Pepeu. Em especial para o Blog Movimento C.A.

O promissor atacante alvinegro natural de Brejo da Madre de Deus, protagoniza mais um daqueles casos que só acontecem com o Central. E desta vez, um caso trágico. Antes de chegar à Patativa, Remo foi promessa base do Corinthians/SP, mas pediu desligamento do clube para voltar à sua terra natal. O motivo: a saudade do seu grande amor. A paixão pela namorada falou mais alto e o atleta voltou para Pernambuco para formar família.

Aqui, não desistiu da bola e chegou ao Central em uma das poucas - ou talvez a única - boas heranças deixadas pela gestão Ademar Cândido, em 98. No momento da pior crise da história do clube, Remo foi decisivo no título da Série A2 de 1999, sendo o artilheiro da competição com seis gols. Em 2000, estreando na Série A Pernambucana já em um clássico contra o Porto, o jogador deixou sua marca de artilheiro e chegou a manter uma média de um gol por partida no início da competição. O destaque no estadual despertou a atenção de empresários, disposto a colocá-lo novamente em um grande centro. Remo teve uma oportunidade no futebol turco no segundo semestre, retornando para a disputa do Pernambucano de 2001, onde fez dupla de ataque com Fábio Silva, outro jovem promissor na época. 

Mais uma vez, Remo despontava talento nos gramadas de Pernambuco e curtia a boa fase. Entre um gol e outro, o atleta de 23 anos começava a ser sondado pelos clubes da capital, quando em um piscar de olhos tudo virou cinzas. Durante o campeonato em 2001, o atleta foi à cidade Jataúba para um festa em uma de suas folgas. No retorno, em uma das perigosas curvas que ligam Jataúba e Brejo da Madre de Deus, o sonho de Remo de ter novamente a oportunidade de jogar em uma grande equipe do sul do país se encerrou. Em um acidente automobilístico, o jogador teve uma lesão medular que resultou em um estado de paraplegia. O amigo que o acompanhava, nada sofreu. Na mente do torcedor alvinegro, ficou a tristeza pela perda de um atleta promissor, ficou a tristeza pela dor do alegre e apaixonado Remo, que ainda hoje pode ser visto frequentando os jogos da Patativa.

Para alguns, Remo poderia ter contribuído para uma campanha melhor no Pernambucano daquele ano. Para muitos, a venda do jogador era a esperança de tempos de saúde financeira no clube. Os mais esperançosos sonhavam com uma volta do jogador aos gramados após sessões de fisioterapia.

O que o destino teria preparado para Remo dentro dos gramados, não se sabe. Hoje, lembrar do incansável atacante alvinegro é lembrar de um dos mais queridos jogadores do passado recente do clube. Em um misto de saudosismo e tristeza. Remo é o ídolo que não foi. 

Confira a entrevista que o blog realizou com Remo no último Domingo, 03, no jogo diante do Sport, no estádio Lacerdão. 


Texto por Antônio Arruda Neto, em especial para o Blog Movimento Coração Alvinegro.
Entrevista: Guilherme Milleron / Blog Movimento Coração Alvinegro.

Um comentário :

  1. Bela postagem e merecido reconhecimento, apesar de tudo a vida continua,assim tem que ser, com fé e coragem!
    Joanatan Richard

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