quinta-feira, 7 de março de 2013

Campeonato Pernambucano 2013 – Análise do regulamento, chances e expectativas para o Central.

Clique na imagem
para ler a cláusula
do regulamento, sobre a vaga
da Série D 2013.
Depois de um excelente primeiro turno em que por apenas um gol não faturamos a Copa do Brasil, começou o segundo turno do Campeonato Pernambucano de Futebol. A Patativa do Agreste não vem bem, em 4 jogos, apenas uma vitória, um empate e duas derrotas, uma dessas, inclusive, para o pior time do Campeonato Pernambucano. Sem entrar no mérito de erros cometidos, alguns de logística da própria diretoria, outros de falta de pontaria do próprio elenco, haja vista que desde o início da preparação do campeonato, o Central continua tendo muitas chances por jogo e tendo dificuldades imensas para transformar em gols, vamos fazer uma análise das chances do Central de Caruaru no Campeonato.

O nosso principal objetivo deste o início é ter uma vaga em competição nacional, no caso, a Série D do Campeonato Brasileiro. O regulamento do Campeonato Pernambucano é ruim e mal feito desde o início. Apesar da definição da CBF que concedeu no presente ano, duas vagas da competição nacional para Pernambuco (afora a vaga natural do rebaixado Salgueiro), o regulamento só prevê uma única vaga no seu bojo. 

Não é verdade o que é cantado e decantado em vários programas esportivos que há uma vaga na competição nacional exclusiva para o octagonal da competição, simplesmente porque isso nunca foi estabelecido pela própria Federação Pernambucana de Futebol mediante documento oficial, publicado e registrado em seu próprio site ou sítio como querem alguns.

Vale dizer, a Federação Pernambucana de Futebol jamais publicou oficialmente nenhum regulamento em que estabelecesse o referido. Ou seja, assim como não é oficial que o Central Sport Club vai receber a vaga da Copa do Brasil no caso do Náutico conseguir a vaga por outros meios, não existe essa determinação que o octagonal concede uma vaga obrigatória para os seus participantes.


O único, repita-se, o único artigo que trata da vaga da série “D” do Campeonato Nacional assim determina (Parágrafo 4º do artigo 6º):

Ao término do Campeonato Pernambucano Coca Cola 2013 - Série A1 será distribuída as vagas
pertencentes à FPF para as competições nacionais coordenadas pela CBF conforme abaixo:

a. COPA DO NORDESTE 2014 (Campeão, Vice-Campeão e 3o Colocado);
b. COPA DO BRASIL 2014 (Campeão, Vice-Campeão, 3o Colocado e Campeão do 1o Turno);
c. BRASILEIRO SÉRIE D (4º Colocado).

Ou seja, vamos pensar em uma situação hipotética, Central, Náutico, Santa Cruz e Serra Talhada chegam às semifinais do Campeonato Pernambucano. O Central se sagra Campeão Pernambucano e o Serra Talhada termina em 4º lugar no Campeonato. Quem terá a vaga para a série D? Pasmem! O Serra Talhada! Isso mesmo, pois o regulamento é taxativo, a vaga da Série D é do 4º colocado no Campeonato Pernambucano!

Da mesma forma, caso o Central, nessa hipotética situação, terminasse em 3º lugar no Campeonato Pernambucano e o Serra Talhada terminasse em 4º lugar. A vaga seria do Serra Talhada, pois, repita-se, a vaga está taxativamente destinada para o 4º lugar da competição! O regulamento apenas prevê que caso o clube 4º colocado seja participante de competição nacional (Caso de Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro, no presente ano) essa vaga cai, automaticamente, para o 5º colocado do Pernambucano e assim sucessivamente.

Então, imaginem, vamos pensar em um campeonato como ocorreu em 2008, Sport Campeão, Náutico Vice, Central 3º, Salgueiro 4º, Ypiranga 5º. De quem seria a vaga da Série “D”? Pelo regulamento, a vaga seria do Ypiranga! O Vice-Campeão não teria direito de disputar a competição nacional e o 4º colocado por ter a vaga concederia ao 5º lugar!

A sorte, repita-se, a sorte, da FPF é que a CBF concedeu uma nova vaga para a Federação e, dessa forma, ela poderá, no futuro, ajeitar a ‘lambança’ que fez por meio de regulamento. Como ela fará? Não se sabe, pois isso será decidido por meio de conselho arbitral! A partir daí, entramos na área do “se” e raciocinando conforme o que já foi dito por meio da imprensa especializada.

Ou seja, a FPF fez uma competição em que ela previa um octagonal, desde o princípio, em que o vencedor não teria direito a nada, a não ser que o 4º colocado já tivesse uma competição nacional por direito!!!
Acredita-se, repita-se, acredita-se, mas não existe nenhum documento oficial que isto determine, que a FPF concederá essa nova vaga ao melhor colocado do Campeonato Pernambucano. Então a partir daqui não mais existe certeza, apenas fazemos ilações. 

A princípio se diga, não houve nenhum documento modificando a vaga originária da FPF na competição nacional. O que isto quer dizer? Que uma das vagas, OBRIGATORIAMENTE, será do 4º colocado (sim, apenas do 4º colocado!, nada de 3º, 2º ou mesmo do Campeão), e essa vaga só será perdida, caso o 4º colocado, e apenas este, já tenha competição nacional, caso em que cairá obrigatoriamente para o 5º colocado e, se este já tiver vaga, para o 6º colocado, 7º colocado e assim sucessivamente.

E a outra vaga? Como mera ilação, não se tem certeza, será do melhor colocado que não tiver vaga na competição nacional. Então, essa vaga, sera decidida, DE ACORDO COM OS PARTICIPANTES DA SEMIFINAL, caso estejam os 4 que possuem vagas nas competições nacionais (Sport, Salgueiro, Santa e Náutico) essas duas vagas caem para os participantes do octagonal. Caso existam dois clubes que não tem competição nacional obrigatoria, serão dos dois melhores. Repetindo, que essa é uma ilação, pois o regulamento NADA DIZ.

Para finalizar, já vi vários perguntando quantos pontos são necessários para ficar entre os semifinalistas. Esta é uma conta que jamais foi feita. Em Pernambuco o primeiro campeonato de pontos corridos ocorreu em 2010, depois disso tivemos mais dois: 2011 e 2012. Só que esse campeonatos foram auferidos em turno e returno. No presente ano, apenas teremos uma fase. De toda sorte, podemos fazer uma conta bem próxima do número necessário de pontos. Em 2010, o 4º colocado teve 34 pontos (Central). Em 2011, o 4º colocado teve 37 pontos (Sport). Em 2012, o 4º colocado teve 38 pontos (Náutico). 

Como essa pontuação é de turno e returno, basta dividir por dois para se pensar no campeonato atual. Dessa sorte, o MÍNIMO, que ocorreu no Pernambucano para se terminar em 4º lugar foi 17 pontos (2010) e, por duas vezes, esse valor (arredondando-se em um caso) foi de 19 pontos (2011 e 2012). Então, se queremos chegar nas semifinais, 18 pontos é um valor que representa a realidade e, quase com certeza, 19 pontos é uma garantia. Grande abraço aos amigos.

Por Sérgio Pepeu.

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